sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A vida é aventura

A vida é aventura

Liberdade

Viva e ame, e ame totalmente e intensamente - mas nunca contra a liberdade.

A liberdade deve permanecer o valor supremo.


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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A necessidade de privacidade

A necessidade de privacidadeO ser tem dois lados: o interior e o exterior. O exterior pode ser público, mas o interior não pode. Se você tornar o interior público, perderá a sua alma, perderá a sua face original. Então você viverá como se não tivesse um ser interior. A vida se torna monótona, fútil.
Isso acontece às pessoas que levam uma vida pública — políticos, astros de cinema. Eles se tornam públicos, perdem completamente o ser interior; eles não sabem quem são, a menos que o público fale sobre eles. Eles dependem da opinião dos outros, não têm o sentimento do próprio ser.
Uma das mais famosas atrizes, Marilyn Monroe, cometeu suicídio, e os psicanalistas têm meditado sobre os motivos para isso. Ela era uma das mulheres mais lindas que já existiram, uma das mais bem-sucedidas. Até mesmo o presidente dos Estados Unidos, Kennedy, estava apaixonado por ela, e milhões de pessoas a amavam. Não se pode pensar no que mais se possa ter. Ela tinha tudo.
Mas ela era pública e sabia disso. Até mesmo na alcova, quando o presidente Kennedy a visitava, ela costumava chamá-lo de "Sr. Presidente" — como se estivesse tendo relações não com um homem, mas com uma instituição.
Ela era uma instituição. Pouco a pouco, ela tomou consciência de que não tinha nada de privado. Uma vez alguém lhe perguntou — ela tinha acabado de posar nua para um calendário e alguém lhe perguntou:
— Mas você não tinha nada enquanto posava para o calendário?
— Bem... — respondeu ela. — Eu tinha... o rádio ligado.
Exposta, nua, nada seu em particular. Eu acho que ela cometeu suicídio porque essa era a única coisa que poderia ter feito em particular. Tudo era público; essa foi a única coisa que sobrou para fazer por conta própria, sozinha, algo absolutamente íntimo e secreto. As personagens públicas são sempre atraídas para o suicídio porque apenas por meio do suicídio elas podem ter um vislumbre de quem são.
Tudo o que é bonito é interior, e o interior significa privacidade. Você observou as mulheres fazendo amor? Elas sempre fecham os olhos. Elas sabem o que fazem. O homem continua fazendo amor com os olhos abertos; ele continua sendo um observador. Ele não está completamente entregue ao ato; não está totalmente nele.
Ele continua sendo um voyeur, como se outra pessoa estivesse fazendo amor e ele estivesse observando; como se o ato do amor estivesse numa tela de TV ou de cinema. Mas a mulher sabe mais porque ela está mais sutilmente sintonizada com o interior. Ela sempre fecha os olhos. Então o amor tem um perfume totalmente diferente.
Faça uma coisa: um dia, ao tomar banho, acenda e apague a luz. No escuro, você ouve melhor a água cair, o som é mais nítido. Quando a luz está acesa, o som não fica tão nítido. O que acontece no escuro? No escuro, tudo o mais desaparece, porque você não pode ver. Só você e o som estão lá.
É por isso que em todos os bons restaurantes evita-se a luz; a luz forte é evitada. Eles usam velas. Sempre que um restaurante está à luz de velas, o gosto é melhor — você come bem e o paladar é mais apurado. O encanto envolve você. Se houver muita iluminação, o paladar desaparece. Os olhos tornam tudo público.
Na primeira frase da sua Metafísica, Aristóteles diz que a visão é o sentido mais elevado do homem. Não é — na verdade, a visão tornou-se muito dominadora. Ela monopolizou todo o seu ser e destruiu todos os outros sentidos.
O mestre dele, o mestre de Aristóteles, Platão, diz que existe uma hierarquia entre os sentidos — a visão está no alto, o toque na base. Ele está completamente errado. Não existe hierarquia. Todos os sentidos estão no mesmo nível e não deve haver nenhuma hierarquia entre eles.
Mas você vive através dos olhos: oitenta por cento da sua vida depende dos olhos. Não deveria ser assim; o equilíbrio precisa ser restabelecido. Você também deve tocar, porque o toque tem algo que os olhos não podem dar.
Mas experimente, experimente tocar a mulher que você ama ou o homem que você ama em plena luz e, depois, tocar no escuro. No escuro o corpo se revela, no claro ele se esconde.
Você já viu as pinturas de corpos femininos de Renoir? Elas têm algo de milagroso. Muitos pintores pintaram o corpo feminino, mas não existe comparação com Renoir. Qual é a diferença? Todos os outros pintores pintaram o corpo feminino como ele aparece aos olhos. Renoir pintou como ele é sentido pelas mãos; assim, a pintura tem calor, proximidade, vivacidade.
Quando você toca, algo de muito íntimo acontece. Quando você vê, tudo fica distante. No escuro, em segredo, na privacidade, algo se revela que não pode ser revelado às claras, na rua. Outros estão vendo e observando: algo profundo dentro de você se encolhe, não pode desabrochar.
É como se você pusesse sementes no chão para todo mundo olhar. Elas nunca irão brotar. Elas precisam ser atiradas no fundo do útero da terra, na escuridão profunda onde ninguém possa vê-las, onde elas começam a brotar e então nasce uma grande árvore.
Assim como as sementes precisam do escuro e da privacidade, todos os relacionamentos que são profundos e íntimos permanecem no seu interior. Eles precisam de privacidade, precisam de um lugar onde apenas dois existam. Então chega um momento em que até mesmo os dois se dissolvem e apenas um existe.
Dois amantes profundamente afinados um com o outro se dissolvem. Apenas um existe. Eles respiram juntos, estão juntos, existe um companheirismo. Isso não seria possível se houvesse a presença de observadores. Eles nunca seriam capazes de relaxar se outros estivessem observando. Os próprios olhos se tornariam uma barreira. Assim, tudo o que é belo, tudo o que é profundo, acontece no escuro.
Nos relacionamentos humanos, a privacidade é necessária. O segredo tem suas próprias razões para existir. Lembre-se disso, e lembre-se sempre de que você vai se comportar muito tolamente na vida caso se torne totalmente público.
Seria como se alguém virasse os bolsos do avesso. Essa seria a sua forma, como bolsos virados do avesso. Não há nada de errado em ser voltado para fora; mas lembre-se de que isso é apenas parte da vida. Não deve se tornar a totalidade.
Eu não estou querendo dizer para entrar no escuro para sempre. A luz tem sua própria beleza e o seu próprio sentido. Se a semente permanecer no escuro para todo o sempre e nunca sair para receber o sol da manhã, ela morrerá.
Ela precisa entrar no escuro para brotar, para reunir forças, para tornar-se vital, para renascer, e depois tem de sair e encarar o mundo, a luz, a tempestade e as chuvas. Ela tem de aceitar o desafio do exterior. Mas esse desafio só pode ser aceito se você estiver profundamente enraizado interiormente.
Eu não estou dizendo para você se tornar escapista. Não estou dizendo para você fechar os olhos, se retrair e nunca mais sair. Estou dizendo simplesmente para você entrar de modo que possa sair com energia, com amor, com compaixão.
Entrar, de modo que, quando sair, você não seja mais mendigo, mas rei. Entrar, de modo que, quando sair, tenha algo a compartilhar — as flores, as folhas. Entrar de modo que a sua saída seja mais rica e não empobrecida. E sempre se lembre de que, toda vez que se sentir exaurido, a fonte de energia está no seu interior. Feche os olhos e entre.
Tenha relacionamentos externos, tenha relacionamentos internos também. É claro que é inevitável ter relacionamentos externos — você anda no mundo, os relacionamentos profissionais estão aí —, mas eles não devem ser tudo. Eles têm um papel a desempenhar, mas deve haver algo absolutamente secreto e privado, algo que você possa chamar de seu.
Foi isso que faltou a Marilyn Monroe. Ela era uma mulher pública, bem-sucedida, ainda que um completo fracasso. Quando estava no auge do sucesso e da fama, ela cometeu suicídio. Por que ela cometeu suicídio continua sendo um enigma. Ela tinha tudo por que viver; não se pode conceber mais fama, mais sucesso, mais carisma, mais beleza, mais saúde do que ela tinha. Estava tudo lá, não era preciso melhorar nada, e ainda assim faltava alguma coisa. O lado de dentro, o interior, estava vazio. Então, o suicídio foi o único caminho.
Pode ser que você não chegue ao ponto de cometer suicídio como Marilyn Monroe. Pode ser que você seja muito covarde e cometa suicídio muito lentamente — pode ser que você leve setenta anos para cometê-lo — mas ainda assim é suicídio.
A menos que tenha algo dentro de você, que não dependa de nada de fora, que seja apenas seu — um mundo, um espaço seu, onde possa fechar os olhos e andar, onde possa esquecer que tudo mais existe — você está cometendo suicídio.
A vida nasce dessa fonte interior e se espalha pelo céu afora. Tem de haver um equilíbrio; e estou sempre procurando o equilíbrio. Portanto, não vou dizer que a sua vida deva ser um livro aberto, não. Alguns capítulos abertos, tudo bem. E alguns capítulos completamente fechados, um completo mistério. Se você for apenas um livro aberto, você será uma prostituta, você simplesmente vai ficar esperando nu na rua, com o rádio ligado. Não, essa não.
Se todo o seu livro estiver aberto, você será apenas o dia sem noite, apenas o verão sem inverno. Onde você vai descansar, onde vai se centrar e onde vai buscar refúgio? Para onde você irá quando estiver cansado deste mundo? Para onde irá para orar e meditar? Não; meio a meio está perfeito. Deixe metade do seu livro aberto — aberto a todos, disponível a todos — e deixe que a outra metade do seu livro seja tão secreta que apenas raros convidados possam ter acesso a ela.
Apenas raramente alguém recebe a permissão para entrar no seu templo. É assim que deve ser. Se a multidão entrar e sair, então o templo não será mais um templo. Poderá ser o salão de espera de um aeroporto, mas não pode ser um templo.
Apenas raramente, muito raramente, você permite que alguém entre no seu eu. É isso que é o amor.

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Ser sem perguntas é a resposta


Ser sem perguntas é a respostaPerguntaram a Osho:
Amado Osho,Nós estamos realmente procurando pela resposta às nossas inúmeras questões?Ocorre-me que deve haver, para cada um de nós aqui presente, uma questão que nos caracterize, e que, se pudéssemos assinalá-la, ela agiria como um farol. Então, essa questão seria suficiente em si mesma e sem necessidade de nenhuma resposta.Na verdade, não há nenhuma questão que possa ser uma resposta para você. A realidade é inquestionável aqui. Todas as suas questões não estão realmente em buscas de respostas — mas elas podem colocá-los num grande problema.
Se o homem ao qual você está fazendo a pergunta é um erudito, um pedagogo, então ele poderá dar-lhe uma resposta que criará milhares de perguntas. Você veio apenas com uma pergunta; ele deu uma resposta.
Agora, aquela resposta cria milhares de perguntas — e é assim que tem sido na filosofia, na teologia. Cada pergunta conduz a uma resposta e essa resposta conduz a muitas perguntas. E isso vai aumentando.
Na verdade, se o homem a quem você está perguntando sabe, então ele não vai responder à sua pergunta — ele vai destruí-la. Ele fica tentando que você caia fora dela. Ela não está pondo uma resposta no lugar, porque isso iria torturar você.
Este é o verdadeiro trabalho de um mestre, de um místico: que, mais cedo ou mais tarde, as pessoas que estejam com ele comecem a sentir-se sem perguntas.
Ser sem perguntas é a resposta.
Não há respostas... não se trata de que, quando você estiver sem perguntas, todas as perguntas tenham sido demolidas. Não se trata de que você chegue a uma resposta escondida.
Não, não há nada escondido.
Todas as bobagens foram removidas. Você sente apenas uma consciência limpa e clara. Esta é a resposta... não a resposta a alguma pergunta, mas o estado de nenhuma pergunta é a resposta que estamos buscando e procurando.
Todas as perguntas são uma carga, cada pergunta é uma ferida, cada pergunta é uma tensão. E ser sem perguntas, ficar completamente livre de todas as perguntas...
Existe uma história na vida de Meviana Jalaluddin Rumi. Ele estava trabalhando com seus discípulos no deserto, em um pequeno mosteiro. Alguns viajantes que passavam, por pura curiosidade pararam e entraram lá.
Eles viram que no jardim os alunos estavam sentados, os discípulos estavam sentados, e Meviana — "Meviana" significa "amado mestre" —, Meviana Rumi estava respondendo para eles.
Eles ficaram logo aborrecidos, porque estranhas perguntas e estranhas respostas... seguiram logo seu caminho. Após anos de viagem, eles voltaram e pararam de novo para ver o que estava acontecendo. Somente Meviana estava sentado lá, e não havia nenhum discípulo.
Eles ficaram realmente espantados — o que tinha acontecido? Foram até Meviana e perguntatam: "O que aconteceu?"
Meviana riu. Ele disse: "Esse é todo o meu trabalho. Eu espremi todas as perguntas deles e agora eles não têm mais nenhuma pergunta, então eu lhes disse: "Vão e façam o mesmo a outros: espremam suas perguntas. E se encontrarem alguém que não possam dar um jeito, mande-no aqui".
Quando todas as perguntas são removidas, você se torna novamente uma criança, completamente inocente. Então, sua mente está fadada a ser silenciosa, e não há nenhuma possibilidade de se ficar perturbado. E uma grande serenidade...
Essa é a resposta. Não existem palavras nisso, e isso não é relevante em qualquer pergunta em particular — é somente um estado de silêncio.

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Incomparáveis


IncomparáveisNinguém é superior, ninguém é inferior, mas ninguém também é igual. As pessoas são simplesmente únicas, incomparáveis.
Você é você, eu sou eu. Tenho que contribuir com o meu potencial para vida; você tem que contribuir com o seu potencial para a vida.
Tenho que descubrir o meu próprio ser; você precisa descobrir o seu próprio ser.

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